A Metodologia é o estudo dos métodos. Ou então as etapas a seguir num determinado processo.
Tem como objectivo captar e analisar as características dos vários métodos indispensáveis, avaliar suas capacidades, potencialidades, limitações ou distorções e criticar os pressupostos ou as implicações de sua utilização.
Além de ser uma disciplina que estuda os métodos, a metodologia é também considerada uma forma de conduzir a pesquisa ou um conjunto de regras para ensino de ciência e arte.
A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exacta de toda ação desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa. É a explicação do tipo de pesquisa, do instrumental utilizado (questionário, entrevista etc), do tempo previsto, da equipe de pesquisadores e da divisão do trabalho, das formas de tabulação e tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa.
Em Gestão de Projectos, existe a metodologia geral e a metodologia detalhada.
A metodologia pode ser dividida em vários métodos até chegar num determinado objectivo.
A palavra Didáctica vem da expressão grega Τεχνή διδακτική (techné didaktiké), que se pode traduzir como arte ou técnica de ensinar. A didáctica é a parte da pedagogia que se ocupa dos métodos e técnicas de ensino, destinados a colocar em prática as directrizes da teoria pedagógica. A didáctica estuda os diferentes processos de ensino e aprendizagem. O educador Jan Amos Komenský, mais conhecido por Comenius, é reconhecido como o pai da didáctica moderna, e um dos maiores educadores do século XVII. Os elementos da acção didáctica são:
- o professor
- o aluno
- a disciplina (matéria ou conteúdo)
- o contexto da aprendizagem
- as estratégias metodológicas
Comenius
Frase de Comenius: "Deve-se começar a formação muito cedo, pois não se deve passar a vida a aprender , mas a fazer".
Entre os muitos pensadores da educação, Comenius é um dos nomes mais importantes. Nascido em 1592, o checo foi o criador da Didáctica Moderna e um dos maiores educadores do século XVII. Nos dias actuais as suas ideias são empregadas pelas escolas, principalmente as teorias humanistas e espiritualistas da formação do homem, tidas como muito avançadas em sua época. Entre essas ideias estavam: o respeito ao estágio de desenvolvimento da criança no processo de aprendizagem, a construção do conhecimento através da experiência e a educação sem punição, mas com diálogo.
Comenius, cujo nome de nascimento era Jan Amos Komenský, pregava ainda a necessidade da interdisciplinaridade, da afectividade do educador e de um ambiente escolar arejado, bonito e com espaço ao ar livre. Estão ainda entre as acções propostas pelo educador: coerência de propósitos educacionais entre família e escola, desenvolvimento do raciocínio lógico e do espírito científico e a formação do homem religioso, social, político, racional, afectivo e moral.
Os pesquisadores são unânimes em apontar a Didacta Magna ou A Grande Didacta, como sendo a sua obra-prima e a sua maior contribuição para o pensamento educacional. Comenius escreveu ainda O Labirinto do Mundo (1623), Didáctica checa (1627), Guia da Escola Materna (1630), Porta Aberta das Línguas (1631), Didacta Magna (versão latina da Didáctica checa) (1631), Novíssimo Método das Línguas (1647), O Mundo Ilustrado (1651), Opera didactica omnia ab anno 1627 ad 1657 (1657), Consulta Universal Sobre o Melhoramento dos Négocios Humanos (1657), O Anjo da Paz (1667) e A Única Coisa Necessária (1668), entre outros.
Comenius tornou-se um famoso personagem da história intelectual por ter sido uma voz quase solitária em seu tempo. Entre suas propostas incomuns, estava o preceito de “ensinar tudo a todos" para permitir que o homem se colocasse no mundo não apenas como espectador, mas, acima de tudo, como actor. O objectivo central da educação comeniana é equilibrar a sabedoria nos pensamentos e a fé em Deus.
Ele apontava como necessária a constante busca do desenvolvimento do indivíduo e do grupo, pois um melhor conhecimento de si mesmo e uma melhor capacidade de autocrítica levam a uma melhor vida social. O pensador considerava a arte de ensinar sublime, pois serve para formar o homem para que ele faça a exploração e conhecimento do seu interior. A sua proposta dirige-se à razão humana, convocando-a a assumir uma atitude de pesquisa diante do universo e de uma visão integrada das coisas.
O teórico ainda defendia a idéia de que a aprendizagem se iniciava pelos sentidos, pois as impressões sensoriais obtidas pela experiência com objectos seriam internalizadas e, mais tarde, interpretadas pela razão. O seu método didáctico constituiu-se basicamente em três elementos: compreensão, retenção e práticas. Até hoje são boas saídas para: o intelecto, a vontade e a memória.