terça-feira, 12 de julho de 2011

A importância do brincar


A criança aprende brincando...A ideia difundida popularmente limita o acto de brincar a um simples passatempo, sem funções mais importantes que entreter a criança em actividades divertidas,e talvez poucos pais reconheçam a "importância do brincar" para o desenvolvimento físico e psíquico dos seus filhos.As brincadeiras aparentemente simples são fontes de estímulo ao desenvolvimento cognitivo, social e afectivo da criança e são também uma forma de auto-expressão no desenvolvimento de habilidades básicas e aquisição de novos conhecimentos.



segunda-feira, 11 de julho de 2011

"Os patos preferem a escola"

"NO TEMPO em que os animais falavam, os bichos constataram que o meio em que viviam começava a tornar-se cada vez mais complexo e havia que impor novas hierarquias, estabelecer novos parâmetros de comportamento, uma vez que já não chegavam os seus instintos inatos para enfrentar as modificações do meio. Esta necessidade deu lugar à ideia de ESCOLA: uma estrutura social, que os habilitaria, A TODOS, para enfrentar as crescentes modificações a que assistiam. Foram escolhidos os melhores animais para a docência, isto é, os reconhecidos como mais experientes, alta profissionalização nos seus domínios específicos, grandes títulos em competições. O reconhecimento destas qualificações envaideceu-os, naturalmente, e a maioria esqueceu, desde logo a razão por que estava ali. Com muitas reuniões gerais de professores, muitas reuniões de grupo, reuniões de conselho pedagógico, de departamento, de secções, reuniões de conselho executivo, etc… escolheram o seguinte currículo: Nadar, Correr, Voar, Galpar montes e saltar obstáculos.

Os primeiros alunos foram o Cisne, o Pato, o Coelho e o Gato.Começadas as aulas, cada professor, altamente preocupado com a sua disciplina, preparava primorosamente a matéria, dava sem perder tempo, procurando cumprir o programa e a planificação do mesmo. Faziam, assim jus aos seus títulos e competências. Mas os alunos iam-se desencantando com a tão sonhada escola. Vejam o caso particular de cada aluno:
- O Cisne, nas aulas de correr, voar e galpar montes era um péssimo aluno. E mesmo quando se esforçava, ao ponto de ficar com as patas ensanguentadas das corridas e calos nas asas, adquiridos na ânsia de voar, tinha notas más. O pior era que, com o esforço e desgaste psicológico despendido nessas disciplinas, estava a enfraquecer na natação, em que era o máximo.
- O Coelho, por sua vez padecia nas matérias de nadar e voar. Como poderia voar se não tinha asas? Em se tratando de nadar, a coisa também não era fácil não tinha nascido para aquilo. Em contrapartida, ninguém melhor do que ele, corria e galpava montes.
- O Gato tinha problemas idênticos ao do coelho, nas disciplinas de natação e voo. Ele bem insistia com o professor que, se o deixasse voar de cima para baixo, ainda poderia ter êxito. Só que o professor não aceitava essa ideia louca: não estava contemplada no programa aprovado e o critério de selecção era igual para todos.
- O Pato, finalmente, voava um pouquinho, corria mais ou menos, nadava bem mas muito pior do que o cisne, e desastradamente, embora com algum desembaraço, até conseguia subir montes e saltar obstáculos. Não tinha reprovações a nenhuma disciplina, como os seus restantes colegas o que fazia sumamente brilhante nas pautas finais. Os professores consideraram-no o aluno mais equilibrado, deram-lhe a possibilidade de prosseguir estudos e, com tantos “atributos”, até fomentaram nele a esperança de um dia, poder vir a ser professor.
Os restantes alunos estavam inconformados. Nada tinham contra o pato, gostavam dele, compreendiam o seu grau mínimo de suficiência a todas as disciplinas, mas, perguntavam-se: a espantosa capacidade do Coelho em saltar obstáculos, correr e galpar montes não poderia ser aproveitada para enfrentar as tais novas situações sociais, que os levaram a ter a ideia de ESCOLA? E o Gato? De nada lhe serviria correr e saltar melhor do que o pato? E que utilidade teria, para o cisne, nadar como nenhum outro? –Cada um tinha, de facto, a sua queixa justificada. Escola, pensavam eles era o local onde aperfeiçoariam as capacidades que tinham, de modo a po-las ao serviço da sociedade. Se as coisas já estavam difíceis, que fazer agora com a tremenda frustração de não servirem para nada? Foram falar com os professores. As limitações de cada um eram um facto, eles sabiam que jamais seriam polivalentes, de modo a terem grandes escolhas. Contudo, se reprovassem no ano seguinte estariam exactamente na mesma situação.
Os professores lamentaram muito. Havia um programa, superiormente estabelecido e a questão era só esta: Ninguém tinha média igual ao do pato e, por isso, na sua mediocridade, ele era, estatisticamente superior a todos.
Os outros alunos abandonaram a escola. Desde então por razões obvias a escol atrai mais os patos e, na sociedade são eles que mais dominam"


Fernanda Torrinha/Dulce Bento (Orientadoras da Escola Secundária Dona Luisa de Gusmão)


Da análise feita a este texto, na disciplina de MDGE, retirámos algumas ideias-chave :
  • Educação para todos (que visa o desenvolvimento integral e equilibrado de todas as faculdades do ser humano numa perspectiva sistémica e ecológica)
  • Gestão flexivel do Currículo ( que adapta os programas e os conteúdos às capacidades dos alunos)
  • Currículo único (trasmissão de saberes universais ,mesmo que para alguns seja imposssivel)
  • Currículo hegemónico ( é uma referência para todos)
  • Educação diferenciada ( para dar resposta a pessoas com outras necessidades)
  • Liberdade de ensinar e de aprender (liberdade de escolher o tipo de estabelecimento de ensino)
  • Escola Pública/ escola Privada/ Cooperativa ( tipologias de respostas diferenciadas de acordo com as necessidades dos alunos, da familia, da comunidade, etc...)

Metas de Aprendizagem

Para ver, Clique aqui!


A definição de metas finais para a educação pré-escolar, contribui para esclarecer e explicitar as “condições favoráveis para o sucesso escolar” indicadas nas Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, facultando um referencial comum que será útil aos educadores de infância, para planearem processos, estratégias e modos de progressão de forma a que todas as crianças possam ter realizado essas aprendizagens antes de entrarem para o 1.º ciclo.
As metas de aprendizagem pretendem enunciar as aprendizagens que as crianças deverão ter realizado no final da educação pré-escolar, reconhecida “como primeira etapa da educação básica no processo de educação ao longo da vida” e estão globalmente estruturadas pelas áreas de conteúdo enunciadas nas OCEPE, não esquecendo que na prática dos jardins-de-infância se deve procurar uma construção articulada do saber, em que as áreas devem ser abordadas de uma forma globalizante e integrada.

Os quatro pilares da educação de Jacques Delors





Os quatro pilares da Educação, segundo Jacques Delors:

1. Aprender a conhecer:
- prazer de compreender, de conhecer, de descobrir...
- processo inacabado, múltiplo e em constante evolução, pois aprendemos com qualquer experiência (mesmo negativa);
- aprender a aprender, beneficiando das oportunidades oferecidas pela educação ao longo de toda a vida.

2. Aprender a fazer:
- adquirir, além de uma qualificação profissional, competências que tornem a pessoa capaz de enfrentar / resolver diversas situações e capacidade para trabalhar em equipa;
- capacidade para aplicar na prática os conhecimentos teóricos adquiridos.

3. Aprender a viver juntos:
- desenvolvimento da compreensão e descoberta progressiva do outro, assim como a percepção das interdependências;
- realização de projectos comuns e preparação para a gestão de conflitos;
- respeito por valores como: compreensão, paz, tolerância e combate ao conflito, rivalidades, preconceito.

4. Aprender a ser:
- desenvolvimento da personalidade na íntegra, capacidade para agir com autonomia, responsabilidade e discernimento;
- respeito pelas potencialidades e características de cada um.

Estes são os valores a partir dos quais a educação se deve orientar, permanecendo ao longo de toda a vida.